Esse projeto visa criar materiais que ajudem no entendimento do estudante e o posicione como protagonista de seu aprendizado, enquanto realiza buscas para a resolução dos desafios. Os métodos utilizados passam os limites de um conteúdo unicamente teórico, e trazem experiências sensoriais, motoras e cognitivas para parte do aprendizado, melhorando a forma de assimilar o que foi passado ao aluno por meio de atividades práticas. Para a construção dos modelos didáticos foram utilizados materiais acessíveis e de baixo custo, com o intuito de facilitar para professores e alunos a construção destes. O projeto contou com a confecção de 3 modelos diferentes: Quebra-Cabeça Dos Nucleotídeos, Caminho Da Digestão e Luva Esqueleto. O modelo Quebra-cabeça dos nucleotídeos tem a ideia de representar as partes que compõem o DNA, onde se deve ligar uma base nitrogenada em outra e consequentemente na estrutura de fosfato e açúcar. A Luva esqueleto apresenta os ossos da mão de uma forma que o aluno possa vestir e ver onde cada um deles está localizado, podendo visualizar os nomes dos mesmos. O Caminho da digestão visa mostrar a posição de cada órgão no corpo humano e permite ao professor criar atividades de encaixe e desencaixe de cada peça. Os modelos foram utilizados em uma aula experimental com alunos no 3º ano do Ensino Médio. Foi possível observar que os modelos didáticos criaram um ambiente propício para aprendizado dos alunos, uma vez que despertou a curiosidade e interação dos alunos com o material. Também foi possível constatar que os materiais desenvolvidos têm boa resistência ao manuseio. Outro fator fundamental observado é o tempo utilizado para confecção dos materiais, que no modelo Caminho da Digestão superou 8 horas, o que evidencia a necessidade de muitas horas extraclasse quando feito apenas pelo professor. O projeto teve uma boa receptividade por parte dos alunos e professores, além disso, trabalhos como esse podem ser perpetuados, já que são de fácil aquisição, tem grande durabilidade se bem armazenados. Com base nos resultados obtidos até o momento, não se pode negar que os recursos educacionais desempenham um papel fundamental no processo de ensino e aprendizagem. Esses métodos permitem que os educadores vão além da teoria, fornecendo elementos físicos e visuais que os alunos podem tocar, manipular e observar em uma escala maior. Isso melhora a experiência sensorial do conteúdo e torna mais fácil para os alunos entender e reter informações. No entanto, ao criar materiais didáticos, pode ser difícil representar os elementos da biologia. É conhecido que nenhum modelo pode representar perfeitamente a realidade, todavia, é importante criar elementos tão fiéis quanto possível às suas propriedades reais. Vale ressaltar que o modelo didático é uma forma de interpretação que ajuda a evitar mal-entendidos no processo de aprendizagem.
